segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

nuas em barda

Continuo orgulhosamente só.

...no caminho da minha mente.

Tudo o que renego e desejo controlar, mas não posso ter, estimula-me os músculos e a mente. Entro em escalafrios, calores, palpitações, naúseas.
Nao me consigo controlar. Mas ninguém o sabe.
Disfarço numa impiedade que me traí. Porque mesmo depois de sentir, convenço-me que não é nada epara além de mero acaso do ócio.
Disfarço a erecção por baixo da bata manchada de sangue.

Andam nuas à minha frente, mostrando os seios firmes e as carnes rosadas.
Mais que renscentista, mais que barroco. Quase burlesco.
Nada disso me dilata a pupila.
Interessa-me quem está na penumbra, na palavra não dita.
Quero devassar essas verdades sem perguntar.
Levar ao extase a disforme senhora que só se mostra no nevoeiro.
Possuir.

Na verdade sou um canibal de almas e de segredos.
E aguço-me com a espera, com a preparação do banquete. Testando a minha habilidade de manusear, manipular, maquietar a realidade e montar a armadilha.
Depois do momento não há prazer.É uma verdade absoluta.
Valerá a pena degolar a ave que guarda a jaula? seria mais uma (verdade) nua. e juntaria-se à barda.